Bin Laden foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista famosa pelos ataques do 11 de setembro nos Estados Unidos e numerosos outros contra alvos civis e militares.
Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos).
Desde 2001, bin Laden e a sua organização eram os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos à costa do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. A 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden tinha sido morto durante uma operação militar em Abbottabad. O seu corpo ficou sob a custódia dos Estados Unidos e sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Em 1973, ainda jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para participar do esforço jihadista no Afeganistão, financiando e organizando grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos. Existem controvérsias quanto à ligação dos Estados Unidos. Posteriormente estabeleceu-se como importante investidor no Sudão, onde iniciou, em paralelo às suas actividades empresariais, a organização que mais tarde viria a se denominar Al Qaeda ("A Base"), originalmente destinada a combater a família real saudita.
No Sudão, em contacto com outros grupos islâmicos, nomeadamente os de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate ao xiitas, judeus e ocidentais de uma forma em geral. Nesta mesma época passou igualmente a considerar o terrorismo como alternativa de ação válida, financiando, de forma inicialmente discreta, algumas acções na Argélia e no Egipto. Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egipto, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país, e apropriou-se do seu património, delapidando as suas empresas e fazendas. Bin Laden foi então para o Afeganistão com as esposas e um grupo reduzido de seguidores fiéis. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.
No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para o grupo egípcio "Al Jihad", liderado por Ayman al-Zawahri, que viria a tornar-se o braço-direito de Bin Laden). Na caça cada vez mais delirante aos "infiéis", elegeu então os Estados Unidos como o grande inimigo a ser combatido - "a força maior dos cruzados". Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar.
Do Afeganistão planejou e coordenou ataques de grande repercussão às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em 2001, foi acusado pelos governo dos Estados Unidos de cometer os atentados do 11 de Setembro.
Em 1998 a Al-Qaeda utilizou carros-bomba para fazer explodir duas embaixadas dos Estados Unidos, uma no Quênia e outra na Tanzânia, matando 256 pessoas e ferindo 5100. Até esta data, era desconhecido no mundo. No ano 2000 a Al-Qaeda voltou á cena, perpetrando outro ataque de grande repercussão contra o navio da marinha dos Estados Unidos USS Cole, que se encontrava atracado para reabastecimento no porto de Aden, no Iêmen. O ataque provocou a morte de 17 militares, além dos dois terroristas suicidas. A 11 de setembro de 2001 a Al-Qaeda realizou um ataque terrorista, lançando aviões sequestrados contra as torres gêmeas em Nova York e contra o Pentágono, na capital capita dos Estados Unidos, provocando a morte imediata de pelo menos 2754 pessoas. Em 2004 surge um vídeo em que aparece, Bin Laden a comemorar os ataques. O governo dos Estados Unidos em resposta lançou-se numa guerra contra o terrorismo.
Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo dos Estados Unidos sobre a autoria dos ataques por Bin Laden, caso fossem apresentadas estas provas estes iriam detê-lo e entregá-lo às autoridades Americanas. O governo dos Estados Unidos nunca apresentaram publicamente tais provas.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo da "cruzada contra o terror", conduzida pelo governo de George W. Bush (filho). O suposto objetivo da operação era desmantelar a organização terrorista Al-Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden.
Acreditava-se que Bin Laden estaria escondido algures na fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão. O governo dos Estados Unidos oferecia a recompensa de 25 milhões de dólares a quem desse informações relevantes da localização do terrorista. Em 2007, a recompensa foi dobrada para US$ 50 milhões. A 1 de maio de 2011 foi anunciado que Bin Laden tinha sido capturado e morto num esconderijo nos arredores de Abbottabad durante uma operação secreta das forças da "Joint Special Operations Command"em conjunto com a CIA e o governo paquistanês, que colaborou para a localização do paradeiro do terrorista. O DNA do corpo, comparado com amostras da sua falecida irmã, confirmaram a identidade. O cadáver foi mantido sob custódia militar.
Embora exames de DNA tenham demonstrado a possibilidade de Osama Bin Laden estar morto, juridicamente tais provas não são suficientes, e a falta do corpo ou de fotos podem tirar a credibilidade da operação que supostamente o teria eliminado.
O video que vos deixo retrata a trajectória do terrorista mais procurado do mundo, os atentados da organização terrorista Al-Qaeda, a reacção dos Estados Unidos, a guerra do Afeganistão e a polêmica invasão ao Iraque.
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