SHAKESPEARE

0 comentários sexta-feira, 25 de maio de 2012 à(s) 06:05 - Edit entry?
William Shakespeare baptizado a 26 de Abril de 1564 morreu a 23 de Abril de 1616. Das suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. As suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos dos seus textos e temas,
 especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre as suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como actor e escritor. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.

Shakespeare produziu a maior parte da sua obra entre 1590 e 1613. As suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico, mais tarde escreve apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes da língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. 
Embora o mundo o conheça como William Shakespeare, na época de Elizabeth I de Inglaterra a ortografia não era fixa e absoluta, então encontraram-se documentos com os nomes Shakspere, Shaksper e Shake-speare. 

Casa de Stratford-upon-Avon

Acredita-se que William Shakespeare era filho de John Shakespeare, um bem-sucedido luveiro e sub-prefeito de Straford e de Mary Arden filha de um rico proprietário de terras. Embora a sua data de nascimento seja desconhecida, admite-se a de 23 de Abril de 1564 com base no registro do seu baptizado a 26 do mesmo mês, devido ao costume, à época, de se baptizarem as crianças três dias após o nascimento. Shakespeare foi o terceiro filho de uma prole de oito. Segundo certos biógrafos, Shakespeare precisou de trabalhar cedo para ajudar a família, aprendendo, inclusive, a tarefa de esquartejar bois e até abater carneiros.

Em 1582, aos 18 anos de idade, casou com Anne Hathaway, uma mulher de 26 anos, que estava grávida. O casal teve uma filha, Susanna, e dois anos depois, os gêmeos Hamnet e Judith. Após o nascimento dos gêmeos, há pouquíssimos vestígios históricos a respeito de Shakespeare, até que é mencionado na cena teatral de Londres em 1592. Devido a isso, estudiosos referem-se aos anos de 1585 a 1592 como os Anos perdidos de Shakespeare. 

William Shakespeare morreu a 23 de Abril de 1616. 
 Em Stratford, a tumba de Shakespeare
A morte de Shakespeare está até aos dias de hoje envolta em mistério.  Acredita-se que Shakespeare temia o costume da sua época, em que provavelmente havia a necessidade de se esvaziar as mais antigas sepulturas para abrir espaços a novas e, por isso, há um epitáfio na sua lápide, que anuncia a maldição de quem mover os seus ossos.
Bom amigo, por Jesus, abstém-te
de profanar o corpo aqui enterrado.
Bendito seja o homem que respeite estas pedras,
e maldito o que remover os meus ossos.
Epitáfio na tumba de Shakespeare

Os restos mortais de Shakespeare foram sepultados na igreja da Santíssima Trindade (Holy Trinity Church) em Stratford-upon-Avon. O seu túmulo mostra uma estátua vibrante, em pose de literário, mais vivo do que nunca. A cada ano, na comemoração do seu nascimento, é colocada uma nova pena de ave na mão direita da estátua. 

Os eruditos costumam anotar quatro períodos na carreira dramaturgica de Shakespeare. Até meados de 1590, escreveu principalmente comédias, o segundo período iniciou-se aproximadamente em 1595, com a tragédia Romeu e Julieta e terminou com A Tragédia de Júlio César, em 1599. Durante esse tempo, escreveu o que são consideradas as suas grandes comédias e histórias. De 1600 a 1608, o que chamam de "período sombrio", Shakespeare escreveu as mais prestigiadas tragédias: Hamlet, Rei Lear e Macbeth. E de aproximadamente 1608 a 1613, escrevera principalmente tragicomédias e romances.
Muitos ainda hoje ao ouvirem falar de Shakespeare, acham "enfadonho", "que seca", talvez desconheçam verdadeiramente a sua obra, deixo aqui alguns dos seus poemas e pensamentos.
Os seus sonetos são uma profunda meditação sobre a natureza do amor, da paixão sexual, da procriação, da morte e do tempo.
Principais obrasSonho de uma Noite de Verão, O Mercador de Veneza, A Tempestade, Romeu e Julieta, Júlio César, Macbeth, Rei Lear, Hamlet, apenas para citar algumas.
Shakespeare no cinema
Hamlet (Kenneth Branagh) - Trailer 
 Anonymous (2011) Official Filme sobre William Shakespeare
Outros filmes de Shakespeare no cinema

BIN LADEN

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Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, mais conhecido como Osama bin Laden ou simplesmente bin Laden nasceu em Riade a 10 de março de 1957 e morreu em Abbottabad a 1 de maio de 2011.
 Bin Laden foi um dos membros sauditas da próspera família bin Laden, além de líder e fundador da al-Qaeda, organização terrorista famosa pelos ataques do 11 de setembro nos Estados Unidos e numerosos outros contra alvos civis e militares.

Filho de Muhammed bin Laden, imigrante iemenita pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio rei, Osama bin Laden era o filho único da sua décima esposa, Hamida al-Attas; os seus pais divorciaram-se logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). 

Desde 2001, bin Laden e a sua organização eram os maiores alvos da Guerra ao Terrorismo e esteve entre os dez foragidos mais procurados pelo FBI, encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e os companheiros da al-Qaeda estavam escondidos próximos à costa do Afeganistão e das áreas tribais do Paquistão. A 1 de maio de 2011, dez anos desde os atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela televisão que Osama bin Laden tinha sido morto durante uma operação militar em Abbottabad. O seu corpo ficou sob a custódia dos Estados Unidos e sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos.
Em 1973, ainda jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, viajou para este país para participar do esforço jihadista no Afeganistão, financiando e organizando grupos de árabes e acampamentos de milícias armadas no combate aos invasores soviéticos. Existem controvérsias quanto à ligação dos Estados Unidos. Posteriormente estabeleceu-se como importante investidor no Sudão, onde iniciou, em paralelo às suas actividades empresariais, a organização que mais tarde viria a se denominar Al Qaeda ("A Base"), originalmente destinada a combater a família real saudita. 

No Sudão, em contacto com outros grupos islâmicos, nomeadamente os de origem egípcia, foi gradualmente influenciado a ampliar o leque dos seus inimigos, passando a considerar também o combate ao xiitas, judeus e ocidentais de uma forma em geral. Nesta mesma época passou igualmente a considerar o terrorismo como alternativa de ação válida, financiando, de forma inicialmente discreta, algumas acções na Argélia e no Egipto. Em 1995, após um atentado mal sucedido contra a vida do então presidente do Egipto, Hosni Mubarak, o governo do Sudão, sob pressão dos países árabes, expulsou-o do país, e apropriou-se do seu património, delapidando as suas empresas e fazendas. Bin Laden foi então para o Afeganistão com as esposas e um grupo reduzido de seguidores fiéis. Nesta ocasião foi renegado pela família e perdeu a cidadania saudita.

No Afeganistão, sem as condições financeiras de outrora, passou a dedicar-se integralmente à causa islâmica, reconstruindo gradualmente a organização, unindo esforços com outros grupos islâmicos refugiados no país (destaque para o grupo egípcio "Al Jihad", liderado por Ayman al-Zawahri, que viria a tornar-se o braço-direito de Bin Laden). Na caça cada vez mais delirante aos "infiéis", elegeu então os Estados Unidos como o grande inimigo a ser combatido - "a força maior dos cruzados". Aproximou-se dos Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Tornou-se amigo e confidente do seu chefe, o Mulá Omar.
Do Afeganistão planejou e coordenou ataques de grande repercussão às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em 2001, foi acusado pelos governo dos Estados Unidos de cometer os atentados do 11 de Setembro.
Em 1998 a Al-Qaeda utilizou carros-bomba para fazer explodir duas embaixadas dos Estados Unidos, uma no Quênia e outra na Tanzânia, matando 256 pessoas e ferindo 5100. Até esta data, era desconhecido no mundo. No ano 2000 a Al-Qaeda voltou á cena, perpetrando outro ataque de grande repercussão contra o navio da marinha dos Estados Unidos USS Cole, que se encontrava atracado para reabastecimento no porto de Aden, no Iêmen. O ataque provocou a morte de 17 militares, além dos dois terroristas suicidas. A 11 de setembro de 2001 a Al-Qaeda realizou um ataque terrorista, lançando aviões sequestrados contra as torres gêmeas em Nova York e contra o Pentágono, na capital capita dos Estados Unidos, provocando a morte imediata de pelo menos 2754 pessoas. Em 2004 surge um vídeo em que aparece, Bin Laden a comemorar os ataques. O governo dos Estados Unidos em resposta lançou-se numa guerra contra o terrorismo.

Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo dos Estados Unidos sobre a autoria dos ataques por Bin Laden, caso fossem apresentadas estas provas estes iriam detê-lo e entregá-lo às autoridades Americanas. O governo dos Estados Unidos nunca apresentaram publicamente tais provas.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo da "cruzada contra o terror", conduzida pelo governo de George W. Bush (filho). O suposto objetivo da operação era desmantelar a organização terrorista Al-Qaeda, liderada pelo saudita Osama Bin Laden.
Acreditava-se que Bin Laden estaria escondido algures na fronteira montanhosa entre o Afeganistão e o Paquistão. O governo dos Estados Unidos oferecia a recompensa de 25 milhões de dólares a quem desse informações relevantes da localização do terrorista. Em 2007, a recompensa foi dobrada para US$ 50 milhões. A 1 de maio de 2011 foi anunciado que Bin Laden tinha sido capturado e morto num esconderijo nos arredores de Abbottabad durante uma operação secreta das forças da "Joint Special Operations Command"em conjunto com a CIA e o governo paquistanês, que colaborou para a localização do paradeiro do terrorista. O DNA do corpo, comparado com amostras da sua falecida irmã, confirmaram a identidade. O cadáver foi mantido sob custódia militar.

Embora exames de DNA tenham demonstrado a possibilidade de Osama Bin Laden estar morto, juridicamente tais provas não são suficientes, e a falta do corpo ou de fotos podem tirar a credibilidade da operação que supostamente o teria eliminado.

O video que vos deixo retrata a trajectória do terrorista mais procurado do mundo, os atentados da organização terrorista Al-Qaeda, a reacção dos Estados Unidos, a guerra do Afeganistão e a polêmica invasão ao Iraque.

LEONARDO DA VINCI

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Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, nasceu em Anchiano a 15 de abril de 1452 e morreu em Amboise a 2 de maio de 1519. A sua curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. 

Nascido como filho ilegítimo de um notário e de uma camponesa, na região da Florença e passou os seus últimos dias em França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I. Leonardo era conhecido principalmente como pintor. Duas das suas obras, "Mona Lisa" e "A Última Ceia", estão entre as pinturas mais famosas. 
  "Mona Lisa"
  "A Última Ceia"

Cerca de quinze das suas pinturas sobreviveram até aos dias de hoje; estas poucas obras, juntamente com os seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e pensamentos - formam uma contribuição às futuras gerações.

Leonardo concebeu ideias muito à frente do seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas. Como cientista, foi responsável por um grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.

Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido á sua multiplicidade de talentos.

Estátua de Leonardo da Vinci na Galleria degli Uffizi


Possível casa de infância de Leonardo, em Anchiano

Leonardo nasceu a 15 de abril de 1452, no vilarejo de Anchiano, Toscana, situada no vale do rio Arno, território dominado à época por Florença. Era filho ilegítimo de Messer Piero Fruosino di Antonio da Vinci, um notário florentino, e Caterina, uma camponesa que pode ter sido uma escrava oriunda do Médio Oriente. Pouco se sabe da sua infância, segundo consta depois do casamento da sua mãe com um lavrador, mudou-se para a casa da família do seu pai então casado com uma jovem de dezesseis anos. 

"O Batismo de Cristo"   

Em 1469, com dezessete anos, Leonardo passou a ser aprendiz de um dos mais bem-sucedidos artistas de seu tempo, Andrea di Cione, conhecido como Verrocchio (Olho verdadeiro). Em 1472, com vinte anos de idade, Leonardo qualificou-se para o cargo de mestre na "Guilda de São Lucas", uma guilda de artistas e doutores em medicina. Aos poucos, as pessoas da corte passam a fazer encomendas diretamente a Leonardo. 

Em 1476, Leonardo da Vinci, juntamente com mais três alunos do ateliê de Verrocchio, foram acusados de sodomia; segundo a acusação Leonardo, teria tido relações homossexuais com um jovem de 17 anos, um prostituto. Diante, no entanto, da falta de provas concretas que confirmassem semelhante acusação, Leonardo foi absolvido. A partir desta data até 1478 não existem registros nem de obras suas nem do seu paradeiro. Entretanto foi-lhe encomendada a pintura de um retábulo para a Capela de São Bernardo, e a "Adoração dos Magos", em 1481, para os monges de San Donato a Scopeto. Leonardo continuou a trabalhar em Milão, entre 1482 e 1499. Recebeu a encomenda para pintar a "Virgem dos Rochedos" para a Confraria da Imaculada Conceição, e "A Última Ceia" para o mosteiro de Santa Maria delle Grazie. Enquanto vivia em Milão, entre 1493 e 1495, Leonardo listou uma mulher, chamada Caterina, entre os seus dependentes, nas suas declarações de imposto de renda. Quando ela morreu, em 1495, a lista dos gastos com o funeral sugere que pode ter sido a sua mãe.
No início da Segunda Guerra Italiana, em 1499, as tropas francesas de Luís XII sucessor de Carlos VIII, invadiram o país, Leonardo abandonou Milão e fugiu para Veneza, passando por Mântua. Em Florença, foi recebido pelos monges servitas do mosteiro de Santissima Annunziata, onde tinha à sua disposição um ateliê. Foi ali que criou o desenho da "Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista", uma obra que conquistou tanta admiração que homens e mulheres, jovens e velhos vinham vê-la. Em 1502 Leonardo passou a trabalhar para César Bórgia, filho do Papa Alexandre VI, atuando como arquiteto e engenheiro militar, e viajando por toda a Itália; é nessa viagem que conhece Nicolau Maquiavel. Retornou a Florença em 1503, onde recebeu a encomenda de um retrato: a "Mona Lisa". Em 1506 retornou a Milão. 
 O seu pai morreu em 1504, e como resultado Leonardo teve de voltar a Florença para resolver com os seus irmãos os problemas decorrentes da herança e das propriedades paternas. No regresso a Milão passou a viver na sua própria casa. Após mercenários suíços expulsarem os franceses em 1512, Massimiliano Sforza, ascende ao poder. 
"Clos Lucé", em França, onde Leonardo viveu os seus últimos anos de vida, até morrer em 1519

De 1513 a 1516 Leonardo passou a maior parte do seu tempo a viver no Belvedere, no Vaticano, em Roma. Em 1515, Francisco I de França reconquistou Milão; Foi de Francisco que Leonardo recebeu a encomenda de construir um leão mecânico, que pudesse caminhar para a frente, e abrir o peito, revelando um ramalhete de lírios. Em 1516 passou a trabalhar ao serviço de Francisco, e foi-lhe concedido o solar de "Clos Lucé", próximo à residência do rei, no Castelo de Amboise. Foi aqui que ele passou os três últimos anos da sua vida, acompanhado pelo seu amigo e aprendiz, o conde Francesco Melzi, e sustentado por uma pensão. Leonardo morreu em "Clos Lucé" a 2 de maio de 1519. 

A Morte de Leonardo da Vinci por Ingres (1818)

Leonardo foi enterrado na Capela de Saint-Hubert, no Castelo de Amboise. No seu testamento Leonardo deixou a Melzi além de todo o dinheiro, todos os seus cadernos, ferramentas, a sua biblioteca e os seus objetos pessoais, mas também se lembrou do seu antigo pupilo e companheiro, Salai, e do seu criado, cada um recebeu uma metade das vinhas de Leonardo, os seus irmãos também receberam terras, e a sua criada recebeu um manto negro com bordas de pele.
Pequena Madona e o Menino de Verrocchio, 1470


Peça central de O Retábulo de Portinari, de Hugo van der Goes, feito para uma família florentina
Embora costumem ser agrupados como os três gigantes do Alto Renascimento, Leonardo, Michelangelo e Rafael não pertenceram à mesma geração. Leonardo tinha vinte e três anos quando Michelangelo nasceu, e trinta e um no nascimento de Rafael, este último teve uma vida curta, morrendo em 1520, um ano após a morte de Leonardo; já Michelangelo continuou a criar por mais 45 anos.
Além das suas amizades, Leonardo mantinha a sua vida privada em segredo. A sua sexualidade foi alvo frequente de estudos, análises e especulações. A "Mona Lisa",também conhecida como "La Gioconda", exposta no museu do Louvre, em Paris, é provávelmente o quadro mais conhecido do mundo.


A Anunciação de Fra Angelico 1437-1446 
 A Anunciação de Leonardo da Vinci 1472-1475

 A Virgem dos Rochedos Versão do Louvre (Primeira Versão) 1483-1486 
A Virgem dos Rochedos Versão de Londres (Segunda Versão) 1495-1508


Monumento dedicado a Leonardo da Vinci e seus pupilos na Piazza della Scala em Milão, 
obra de Pietro Magni

NAPOLEÃO

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Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio a 15 de agosto de 1769 e morreu em Santa Helena a 5 de maio de 1821, foi líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi imperador de França de 1804 a 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815. 
Napoleão nasceu na Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como Primeiro Cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o imperador. Na primeira década do século 19, o império francês sob comando de Napoleão envolveu-se numa série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleônicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa.

A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma viragem na sorte de Napoleão. As suas forças foram derrotadas em Leipzig e em 1814, França foi invadida e Napoleão foi forçado a abdicar e exilar-sa na ilha de Elba. Menos de um ano depois, fugiu de Elba e voltou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em 1815. Napoleão passou os últimos seis anos da sua vida confinado á ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que morreu com um cancro no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsênico.
Carlo Maria Bonaparte, o pai de Napoleão, foi representante da Córsega 
na corte de Luís XVI de França
Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega era o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letícia Ramolino, uma família descendente da pequena nobreza Italiana, que chegou à Córsega vinda da Ligúria no século XVI. Os seus irmãos eram José, Lucien, Elisa, Louis, Pauline, Carolina e Jerônimo. Napoleão estudou numa escola religiosa e mais tarde entra para a academia militar. Formou-se em 1785, e tornou-se segundo tenente do regimento de artilharia de "La Fère", serviu em Valença e Auxonne, até a eclosão da Revolução Francesa em 1789. Napoleão passou os primeiros anos da Revolução na Córsega, foi promovido a tenente-coronel e comandou um batalhão de voluntários. 
Em 1792 é promovido a capitão, pouco tempo depois foi nomeado comandante de artilharia das forças republicanas no cerco de Toulon. A cidade tinha-se sublevado contra o governo republicano e foi ocupada por tropas britânicas. Napoleão elaborou um plano para capturar um monte que permitiria que dominassem o porto da cidade e forçassem os navios ingleses a evacuar. Durante esta ofensiva foi ferido na coxa, conseguiu no entanto a vitória e é promovido a general de brigada. As suas acções chamaram a atenção do Comitê de Salvação Pública, e ele foi encarregado da artilharia do exército francês em Itália. 
Bonaparte ficou noivo de Désirée Clary, irmã de Júlia Clary, esposa de José, o irmão mais velho de Napoleão; os Clarys eram uma família de comerciantes ricos de Marselha. Em 1795, escreveu uma novela romântica, "Clisson et Eugénie" , sobre um soldado e a sua amante, um claro paralelo à própria relação de Bonaparte com Désirée. Entretanto houve uma rebelião em Paris e Bonaparte é convidado para a comandar, consegue com a sua tactica ganhar, e a derrota da insurreição deu a Bonaparte fama repentina e riqueza. Napoleão foi promovido a comandante do exército do interior e recebeu o comando do exército francês em Itália. Em 1796, após romper com Désirée Clary, Bonaparte casou com Joséphine de Beauharnais. Dois dias depois do casamento, Bonaparte deixou Paris para assumir o comando do Exército em Itália. Liderou uma invasão bem-sucedida em tália. Na Batalha de Lodi derrotou as forças austríacas e expulsou-os de Lombardia. Foi derrotado em Caldiero por forças de reforço austríacas e recuperou a iniciativa na Batalha da Ponte de Arcole.
 Napoleão teria recebido ordens para marchar sobre Roma e destronar o papa, o argumento era que isso iria criar um vazio de poder, mas em vez disso Bonaparte levou o seu exército para a Áustria, forçando o país a negociar a paz. Bonaparte marchou para Veneza e forçou a sua rendição, pondo fim a 1100 anos de independência; Bonaparte envia então um General para Paris a fim de provocar um golpe de Estado, o chamado "Coup of 18 Fructidor". Isto levou os seus aliados republicanos ao poder e Napoleão retornou a Paris como um herói.
Bonaparte Diante da Esfinge
Após alguns meses a planear atacar Inglaterra, Bonaparte decidiu que o poder naval da França não era suficientemente forte para enfrentar a Marinha Real no Canal da Mancha e propôs uma expedição militar ao Egipto e, assim, prejudicar o acesso de Inglaterra aos seus interesses comerciais na Índia.

Considerado herói por muitos e vilão por outros (crê-se que é o primeiro anti-cristo dos três previstos por Nostradamus), Napoleão é certamente uma das mais importantes figuras históricas da humanidade, um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos. Na sua expedição ao Egipto foi descoberta a "pedra de Rosetta", uma espécie de monolito de basalto negro, que apresenta um decreto de Ptolomeu V, em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos (196 a. C.), que Champollion usaria para decifrar os hieróglifos egípcios (1822) e está exposta no British Museum, em Londres.

Napoleão como estadista liderou um golpe de Estado (1799), instalou o Consulado e fez-se eleger cônsul-geral, promulgou uma constituição de aparência democrática. Organizou o governo, a administração, a polícia, a magistratura e as finanças. Tomou medidas despóticas e antiliberais, como o restabelecimento da escravidão nas colônias, e outras de grande importância econômica, como a criação do Banco da França (1800). Concluiu com o papa Pio VII a concordata (1801), que restabelecia a igreja em França, embora submetida ao Estado. Criou a Legião de Honra e o novo código civil, depois chamado "Code Napoléon", essa medida tornou-se o maior feito jurídico dos tempos modernos, consubstanciou os princípios defendidos pela Revolução Francesa e influenciou profundamente a legislação de todos os países no século XIX.
Depois de exilado na ilha de Elba, na costa oeste da Itália, tentou restaurar a monarquia, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica (1815). Esse período ficou conhecido como o Governo dos Cem Dias. Preso pelos ingleses, foi deportado para a ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, onde morreu em 5 de maio.
Em 1804 ocorreu um acto surpreendente quando Napoleão organiza uma festa para formalizar a sua coroação na catedral de Notre-Dame, Bonaparte retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimônia, e ele mesmo se coroou, deixando claro que não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo depois coroou a esposa, a imperatriz Josefina. Concederam-se títulos nobiliárquicos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Napoleão mandou construir monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo.

Em 1805, os franceses usaram a marinha para atacar Inglaterra, mas não obtiveram êxito, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson, a batalha  ficou conhecida como Batalha de Trafalgar.
A guerra de Bonaparte com Inglaterra também envolveu o nossso país. Portugal tinha Inglaterra como principal parceiro para os seus negócios. O governo português possuía relações privilegiadas com Inglaterra, depois da assinatura do Tratado de Methuen, em 1703, e ainda graças à velha Aliança que vinha dos tempos da Dinastia de Avis. Pressionados por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abdicar dos negócios com a Inglaterra, não participaram do "Bloqueio Continental" exigido por Napoleão a todos os paises europeus. 
Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal. Napoleão forçara uma Aliança, sob a forma do Tratado de Fontainebleau com a Casa Real Espanhola (onde veio a forçar a abdicação do trono de Carlos IV para o seu irmão, José Bonaparte) para a Invasão de Portugal, apesar de se saber que havia já planos anteriormente delineados para conquistar tanto Portugal, como Espanha. A ideia era a de dividir Portugal em três reinos distintos:
Lusitânia Setentrional, a ser governado pela filha de Carlos IV, Maria Luísa;
Algarves, a ser governado por Manuel de Godoy com o título de rei;
O resto do país, a ser administrado diretamente pela França Imperial até ao fim da Guerra.

Realizaram-se três expedições militares a Portugal, conhecidas como "Invasões Francesas". Numa jogada de antecipação estratégica, pensada e planeada para evitar que a Família Real portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar, toda a corte portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, fugiram para o Brasil, instalando o governo português no Rio de Janeiro em 1808, tornando-a capital do que vem a ser um sonhado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816-1826), que o rei acalentou e para o qual institui um nova bandeira com a esfera armilar. A saída foi precipitada, com as tropas francesas já em solo português, além de pessoas do governo e alguns populares, saíram muitos nobres, comerciantes ricos, juízes de tribunais superiores, entre outros.

Este episódio da saída da família real portuguesa para o Brasil, assim como as dificuldades encontrada por Napoleão em, por um lado, invadir Portugal e por outro, dominar Espanha, pode ser visto como uma das maiores falhas estratégicas de Napoleão. A saída da família real para o Brasil marcou também o início do processo de Independência do Brasil. Na sequência da Revolução de 1820 em Portugal, a Corte voltou a Portugal, restabelecendo-se em Lisboa a capital, voltando o Rio de Janeiro a ser de novo simbólica e praticamente uma cidade colonial.
Tumulo de Napoleão no Hôtel des Invalides em Paris
Napoleão casou-se duas vezes, em 1796 com Josefina de Beauharnais e em 1810 com Maria Luísa da Áustria, tiveram um filho,Napoleão II de França.
Os videos que deixo trazem a biografia político-militar de Napoleão Bonaparte, contada em dois episódios, que destaca as inovações promovidas por ele no mundo europeu. O primeiro episódio vai do momento em que Napoleão assume o poder na França (1799) até a tomada de Berlim, em 1806.  
O segundo episódio vai de 1806 até a morte do imperador francês no exílio, em 1821.